terça-feira, 17 de outubro de 2017

SE TIVESSE UM MAPA, IRIA PARA PASÁRGADA! - LUIZ SAUL

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Já avistando o pleito, aquilo que parece mais bizarro no cenário que se aproxima para as eleições de 2018 é a profusão de intenções de candidaturas em contraste com a ausência de alusões a programas de governo, mínimos que sejam, ou mesmo de projetos pontuais para a solução de problemas igualmente pontuais. É de justiça dizer que somente o Lula tem um projeto de governo que começaria pela censura à imprensa e certamente o expurgo dos “meninos” de Curitiba.
Apesar do caos reinante, estabelecido e consolidado, nenhum dos candidatos a candidatos tem tratado a questão da enfermidade terminal do país com diagnóstico casado com prognóstico capaz de repor a esperança de retomada da normalidade. É possível que já estejam raciocinando sobre o transcurso de duas gerações, no mínimo, para que isso aconteça.
E não acontecerá com a manutenção das oligarquias políticas que estão aí. Não há de se esperar milagre.
Como todos sabem, programa de governo pode, em geral, ser definido como mecanismo imprescindível resultante da visão de candidatos que, à luz de eventual mapeamento de prioridades são empiricamente agendadas com o teórico objetivo de instituir medidas e incentivos abrangentes nos diversos campos da atividade, voltados à melhoria da vida da sociedade na prestação de serviços públicos, especialmente quanto ao acesso à saúde, à educação, à segurança, etc., além de assegurar o funcionamento pleno e harmônico das instituições (a definição é pessoal e rasteira!)
Ao contrário do que acontece agora, em que nem partidos nem supostos candidatos acenam com qualquer bandeira, ou mesmo uma flâmula, muitos governos valeram-se desse conjunto de intenções, mesmo não o cumprindo em sua inteireza. Até aquela mulher, para quem se lembra, agarrou-se ao Pronatec como a panaceia geral para todos os males da República, e com o qual dormia e acordava até o esquecer de vez. É verdade que citar a dilma não vale!
Mas, tiveram outras situações de sucesso relativo, dos quais, independentemente de que os instituiu ou de se questionar os seus desvios, é possível citar os casos do FGTS, SUS, Minha Casa Minha Vida, os longínquos PIS/PASEP, Plano Cruzado, FIES, Ciência Sem Fronteiras, mesmo o polêmico Bolsa Família e outros, todos se compondo como itens de Programas capazes de repercutirem na qualidade da vida do cidadão.
Dias de hoje não há horizonte de responsabilidade, no particular aspecto. E, nessa conjuntura de turbulência, não há de se dizer que ainda é cedo, que ainda tem tempo, uma vez que um programa dessa natureza e complexidade não pode ser formulado a partir de improvisos ou de vontades vaidosas. No máximo, é possível justificar que não há quadros em condições de proporem uma alternativa para superar o badernaço e explicar que momentaneamente o candidato é mais importante do que a proposta.
E, de fato, olhe-se para os possíveis pretendentes: Lula, Marina, Ciro, Bolsonaro, Doria, Alckmin, Rodrigo Maia, Meireles, Luciano Huck, Paulo Rabelo de Castro e outros balões que ainda ensaiarão, alguns experimentados na lide, sem méritos, e outros, cujos nomes podem arrepiar o eleitor consciente e responsável.
Se eu tivesse um mapa, iria para Pasárgada!



Por: Luiz Saul Pereira 
        BRASÍLIA - DF

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