terça-feira, 23 de agosto de 2016

REPERCUSSÃO DA MORTE DO JORNALISTA PERNAMBUCANO GENETON MORAES NETO



O anúncio da morte do jornalista e escritor Geneton Moraes Neto rapidamente repercutiu nas redes sociais nesta segunda-feira (22). O nome dele figurou entre os assuntos mais comentados no Twitter, por exemplo, onde colegas de profissão lamentavam a perda e prestavam homenagens.



O jornalista e escritor Geneton Moraes Neto morreu no fim da tarde desta segunda-feira (22) no Rio, aos 60 anos, vítima de um aneurisma dissecante na aorta. Ele estava internado desde maio na Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul da cidade. Deixa a viúva, Elizabeth, três filhos, Joana, Clara e Daniel, e quatro netos, Beatriz, Dora, João Philippe e Francisco.
O velório será na quarta-feira (24), das 8h às 13h, na capela 6 do Memorial do Carmo, no Caju, Zona Portuária do Rio.

Começou no jornalismo impresso, no Diário de Pernambuco, depois foi para a sucursal Nordeste do Estado de S. Paulo,  sempre como repórter. Passou uma temporada em Paris, onde trabalhou como camareiro, motorista e estudou cinema na Universidade Sorbonne.

De volta ao Brasil, foi editor e repórter da Rede Globo Nordeste e depois na Rede Globo Rio.
Foi editor executivo do Jornal da Globo e do Jornal Nacional, correspondente da GloboNews e do jornal O Globo em Londres, repórter e editor-chefe do Fantástico. Na GloboNews desde 2006, estava à frente do programa Dossiê. Em agosto de 2009, estreou um blog no G1, que manteve atualizado até abril de 2016.
Geneton também era escritor: publicou oito livros de reportagem e entrevistas. E seguiu o caminho dos documentários, o mais recente sobre Glauber Rocha.
Com mais de 40 anos de carreira, ele trabalhava na Globo desde o início dos anos de 1980. Foi editor do RJTV, editor-executivo e editor-chefe do Jornal da Globo, editor do 
Jornal Nacional, repórter e editor-chefe do Fantástico.

Veja abaixo algumas das manifestações públicas de pesar pela morte do jornalista.

1ª Entrevista no Recife em 1971, aos 13 anos


Caetano Veloso e Geneton Moraes Neto durante entrevista para o Diario de Pernambuco em 1971. Foto: Facebook/Reprodução


Caetano Veloso, cantor e compositor
"Geneton era um repórter adolescente quando o conheci. Gostei dele imediata e imensamente. Depois, fiquei tão impressionado com a honradez que ele demonstrou ao publicar nosso diálogo (eu tinha dito alguma coisa que soaria picante se fosse usada por um jornalista ordinário, e ele, tendo entendido o sentido respeitoso com que foi dito o que eu disse, nem publicou a frase arriscada), fiquei mesmo tão grato à sua grandeza que, para deixar para trás um período de dois anos em que me recusava a conceder entrevista a qualquer veículo da imprensa (muita agressão gratuita e muita inverdade oportunista se lia nas páginas dedicadas à música), escolhi falar com ele, e só com ele, para reiniciar um diálogo normal com a confusão dos cadernos B. A impressão que o garoto pernambucano me causara e a percepção de sua inteligência honesta só fizeram crescer ao longo dos anos. Se o jornalismo brasileiro tem algo de que se orgulhar, Geneton o representa melhor que ninguém - se não for exemplo único. Eu o adorava. Fiquei tristíssimo hoje ao saber que ele tinha morrido. Eu nem sabia que ele estava doente. Como disse Fernando Salem, essa é 'a notícia que mata a notícia. Quando morre um verdadeiro jornalista a verdade fica triste'

Entrevista com Escritor Ariano Suassuna



Paulo Câmara - governador de Pernambuco

"O jornalismo brasileiro fica mais pobre com a morte de Geneton. Ao longo dos anos, o pernambucano se tornou referência e inspiração para várias gerações de profissionais da nossa Imprensa. E uma fonte de grandes reportagens para todos nós. Nos seus 40 anos de profissão, Geneton nunca abandonou a paixão de repórter pelas boas histórias e pelos personagens que delas fazem parte. Minha sincera homenagem a esse filho de Pernambuco, mestre do jornalismo".

Alvaro Costa e Silva – jornalista

"É um dia de luto para o jornalismo brasileiro e, para mim, em particular, uma imensa dor a morte de Geneton Moraes Neto. Entre outros, Geneton Moraes Neto deixa grande livro com depoimentos sobre a primeira Copa no Brasil, a do Maracanazo: Dossiê 50.

Amir Labak - crítico de cinema, cineasta e dramaturgo

"Boa praça, craque da entrevista, repórter e documentarista de raro faro."

André Trigueiro – jornalista
"Consternado com a passagem do amigo e jornalista dos mais talentosos que conheci. Obrigado Geneton Moraes Neto! #RIP"

Eduardo Faustini - jornalista

"Acabei de perder um ídolo, uma referência no jornalismo, Geneton Moraes Neto. Meu coração está sangrando de dor."

Eliseu Padilha - ministro da Casa Civil

"Ele era alguém que tinha prazer em sua profissão e nos trazia diversão, conhecimento e prazer. Gostaríamos de cumprimentar a família e nos juntar em sua dor."

Fernando Gabeira – jornalista, em entrevista à GloboNews

"Me lembro do grande entrevistador que ele foi. Tivemos juntos durante um fim de semana praticamente fechados num hotel, ele fazendo um livro de entrevistas que resultou em um daqueles dossiês que ele publicava. Depois, nos aproximamos mais como colegas de trabalho e conversávamos muito, quase todo dia, sobre o trabalho, porque nós temos uma paixão em comum, que são as histórias e os personagens. Estou perdendo não apenas um amigo, mas um parceiro de trabalho.”

Flávio Fachel - jornalista
"Geneton Moraes Neto se foi. Deve estar fazendo perguntas lá em cima. Não se surpreenda se ele surgir com respostas: ele sempre as conseguia."

Hilton Antonio Mendonça Britto Júnior - jornalista
"Geneton Moraes Neto, uma perda irreparável no telejornalismo brasileiro."

Jorge Bastos Moreno - jornalista

"É um dia de luto para o jornalismo brasileiro e, para mim, em particular, uma imensa dor a morte de Geneton Moraes Neto. Perdi há pouco um grande ídolo e grande amigo: Geneton Moraes Neto, um dos maiores repórteres que conheci.. Foi ele que me botou na tv. Geneton me indicou pra fazer o programa "Preto No Branco" no Canal Brasil e me deu aulas pra enfrentar esse novo desafio. Meu mestre querido."

Marconi Perillo - governador de Goiás

"O jornalismo brasileiro perdeu hoje Geneton Moraes Neto. Um dos maiores entrevistadores do País."

Michel Temer - presidente em exercício
"Lamento a morte de Geneton Moraes Neto que, com suas reportagens, contribuiu de maneira decisiva para lançar luzes sobre nossa história."

Serginho Groisman - jornalista
"Triste com a morte de Geneton Moraes Neto. Um homem que honrou a profissão de jornalista."

Tino Marcos - jornalist
"O Geneton Moraes Neto era chamado na redação de Genioton. Um pequeno exemplo do que ele representava para os colegas. Ídolo de muitos."

Vinícius Dônola - jornalista
"Geneton Moraes Neto. Um baita amigo. Um entrevistador inigualável. Confidente, professor, parceiro de redação por anos a fio. Q falta fará."

Fonte: Globo 1

Um comentário:

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