segunda-feira, 29 de agosto de 2016

JE SUIS MARANHÃO! - POR LUIZ SAUL


 Roberto Rocha (PSB) e João Alberto Souza (PMDB), Edison Lobão (PMDB),

Pois bem, ambição política, medo e fisiologismo podem compor um importante conselheiro estratégico e até um fator de progresso para quem pretende se manter no Poder. É tudo uma questão de eleger as moedas de troca.


No presente caso estão sendo sopesados a reorganização das coligações do PT no Maranhão para as próximas eleições municipais, proposta pela dilma, e a criação de uma zona de exportação no Porto de Itaqui, em São Luís, proposto pelo Temer, em troca dos votos de apoio à tese do impeachment. 

A Zema - Zona de Exportação do Maranhão guarda o objetivo de transformar São Luís em uma área livre de comércio, sem recorrer a renúncia fiscal federal, mas incentivando a produção de bens de exportação e estimulando o desenvolvimento da indústria local. 

Para quem não sabe, esse porto é o que apresenta o melhor custo-benefício para os mercados nacional e internacional. Pela sua localização muito próxima ao hemisfério norte e ao Canal do Panamá potencializa a economia do preço dos fretes internacionais, aproxima os produtores do Centro e Norte para o melhor ponto de escoamento das safras, e, mais que isso, reduz enormemente as distâncias para os grandes mercados de todo o mundo, inclusive da Ásia, que constitui a Meca dos negócios.

Para quem também não sabe, ao contrário daqueles projetos eleitoreiros e megalomaníacos como a frustrada Refinaria do Maranhão com que o Lula engabelou o Sarney & Cia., o Porto do Itaqui representa uma realidade que conta com terminais privados da Vale e da Alumar para constituir o segundo maior complexo portuário em movimentação de carga do país. Não sendo o primeiro em movimentação, é primeiríssimo em localização. 

A questão que se colocará na comparação da importância das investidas da ex-presidente e do Interino será a visão das bancas políticas do Maranhão no sentido de orientar o voto dos seus três senadores. 

De um lado, poderão vencer os costumes antigos da individualização coronelista e feudal, que é a marca do Estado, com os políticos preferindo arrebanhar os currais eleitorais em benefícios das mesmas pessoas ou dos mesmos grupos. Então, a escolha seria a dilma se o sonho de que o impeachment não passasse. 

Do outro lado, restaria a sensibilidade política e altruísta de pensar na enorme penúria a que o povo de lá até parece habituado entre os reggaes e os bois para se esconder ou ignorar o Roberto Rocha (PSB) e João Alberto Souza (PMDB), Edison Lobão (PMDB), descaso público com as suas necessidades básica de emprego, escola, segurança, e por aí vai. 

São três os senadores do Maranhão, detentores dos votos e potenciais coletores do progresso ou do fracasso: pelo menos este com um histórico recente de oportunismo e de acomodação fisiologista.
Não se sabe se a população tem o poder de mobilizar-se no sentido de pressionar, ou, digamos, aconselhar tais representantes a, desta vez, pensar no povo, exclusivamente no povo. O eventual silêncio desse povo pode sugerir que essa coisa do feudalismo que ali se pratica por tanto tempo é uma situação consentida. Mas, prefiro não acreditar nessa hipótese.

Je suis Maranhão.




Por: Luiz Saul Pereira
        Brasília - DF

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