sábado, 3 de outubro de 2015

NO DIA (13/09) NACIONAL DA CACHAÇA, UMA REFLEXÃO SOBRE A BEBIDA SÍMBOLO DO BRASIL





Você entra em um bar sofisticado e pede um drink feito à base de Cachaça. Um bartenderou mixologista treinado (e bem pago) o prepara e serve uma bebida equilibrada, saborosa, pela qual você paga um preço equivalente a qualquer outra à base de gim, vodca ou uísque. Uma cena corriqueira, talvez. Mas basta voltar poucos anos no tempo para entender o quanto isso não seria imaginável.

O passado um tanto estigmatizado da bebida genuinamente brasileira, herança ainda dos tempos do império e que no próximo ano, segundo algumas hipóteses, completará 500 anos de história, não faz jus à sua relevância econômica, versatilidade de líquido e importância como símbolo nacional.  Ela se destaca por comunicar a riqueza cultural e diversidade do Brasil, por ter sua produção pulverizada em milhares de produtores espalhados de norte a sul, em quase todo território nacional. A diversidade da nação brasileira é refletida na variedade de sabores e aromas que a Cachaça de cada região pode proporcionar aos consumidores.

A Cachaça se supera e se reinventa a cada dia graças ao trabalho de importantes agentes dessa cadeia, que envolve produtores, indústria, associações e instituições públicas. Respondendo por 50% do Market share nacional de destilados, a categoria emprega mais de 600 mil pessoas e leva o nome – e a cultura – do Brasil a cerca de 60 países.

Essa transformação da categoria vem amparada pelo trabalho consistente de fabricantes que buscam elevar a qualidade da Cachaça – e a percepção de consumidores no Brasil e no mundo sobre ela. Para isso, não poupam investimentos no aumento de qualidade (vemos cada vez mais ofertas de Cachaças elaboradas com blends raros e especiais); produção (maior governança na cadeia produtiva); Marketing (campanhas milionárias que buscam alavancar a categoria, reconquistar o velho e atrair o novo consumidor); Inovação (produção de Cachaças mais versáteis e a utilização de mais de 30 tipos de madeira no processo de armazenagem ou envelhecimento) e padrões de qualidade dos mais avançados.

Não por acaso, o segmento de Cachaças diferenciadas é o que mais cresce. A evolução deste mercado coincide com o resgate do orgulho nacional. Os produtos típicos voltaram a ter mais importância e a Cachaça indicou um caminho para renovar o gosto e a apreciação por uma categoria tão nacional.

Soma-se a esses esforços, a promoção de uma agenda indispensável para o setor: o consumo responsável da bebida e melhores condições de mercado para os produtores, em especial, para micro, pequenos e médios. Há muitas iniciativas em andamento nestes quesitos e é possível verificar sinais evidentes de avanço. Mas ainda há muito potencial de crescimento, por isso, é importante que o setor se mantenha unido pelo objetivo da valorização da Cachaça.

A regulamentação do setor avança - e as boas notícias também. Os trabalhos em andamento para a consolidação da Indicação Geográfica (IG) da Cachaça, bem como a defesa dos Padrões de Identidade e Qualidade (PIQs) fortalecem sua reputação e dinamismo nos mercados internacionais e valoriza o mercado interno.

Em 13 de setembro de 1661 a Coroa Portuguesa liberou a produção e comercialização da Cachaça no Brasil após a pressão e rebelião dos produtores, culminando no Dia Nacional da Cachaça (proposta do Instituto Brasileiro da Cachaça). Tantos anos depois, podemos celebrar a confiança da indústria na categoria, que converge esforços para sua promoção. Da frase célebre nos livros de história “Onde moía um engenho, destilava um alambique” de Luis da Câmara Cascudo, caminhamos para “onde houver o consumo de uma boa Cachaça, ali está representado o melhor do Brasil”.
 MUITO ALÉM DA CAIPIRINHA...
 
Um Brinde à Cachaça!

Instituto Brasileiro da Cachaça - IBRAC

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