quinta-feira, 13 de agosto de 2015

UM ANO APÓS A MORTE DE EDUARDO CAMPOS, O LEGADO AINDA ESTA EM CONSTRUÇÃO...


O PSB JÁ DESCREVEU Eduardo Campos de várias formas: um dos mais brilhantes brasileiros, líder insubstituível, referência de homem público, e a esperança de um novo tempo na política. Todos os adjetivos e superlativos voltarão a ser citados mais fortemente neste dia 13 de agosto, quando se completa o primeiro ano da trágica morte do ex-governador pernambucano. Em plena disputa presidencial, o jatinho de campanha do socialista caiu na cidade de Santos, no litoral paulista, matando o candidato e outras seis pessoas. A data, porém, é marcada por outra reflexão. Um ano após a comoção da despedida, o legado do ex-governador ainda está em construção.

No plano político, o encerramento precoce da hegemonia que o socialista exercia ainda deixa o PSB sob um vácuo de liderança e sem um nome nacional para se apresentar como terceira via nas eleições de 2018, como se esperava de Eduardo. Dentre os potenciais novos caciques do partido, como o vice-governador de São Paulo, Márcio França, o senador Fernando Bezerra Coelho e os governadores do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, da Paraíba, Ricardo Coutinho, e de Pernambuco, Paulo Câmara, existem diferentes opiniões inclusive sobre se o partido deveria apoiar ou não o governo da presidente Dilma Rousseff.

Da esquerda para a direita: Márcio França, Fernando Bezerra Coelho, Rodrigo Rollemberg, Ricardo Coutinho e Paulo Câmara. Fotos: Reprodução/Facebook

No campo administrativo, em Pernambuco, a herança deixada por Campos aos seus sucessores políticos também tem os seus problemas, embora ele costume ser lembrado pelo sucesso administrativo. Desde o início do ano, o governo Paulo Câmara já enfrentou uma crise no sistema prisional, anunciou uma revisão no contrato da Arena Pernambuco, e viu um dos símbolos da gestão Eduardo, o programa Pacto Pela Vida, apresentar o primeiro aumento nos índices de violência desde 2007, ao mesmo tempo em que ficou impedido de conceder reajuste aos servidores porque o gasto com pessoal atingiu o limite prudencial fixado pela Lei de Responsabilidade Fiscal

Por outro lado, há um esforço do PSB para manter viva a memória do seu principal líder. Nos últimos doze meses, políticos do partido ou aliados propuseram diversas homenagens ao ex-governador, desde as mais pessoais, como a tatuagem do prefeito de Paulista, Junior Matuto, as públicas, como dar o nome do ex-governador à Via Mangue e a um dos Centros Comunitários da Paz (Compaz), no Recife.

Nem todas as homenagens foram bem recebidas. Em março, o líder do Governo na Câmara do Recife, Gilberto Alves (PTN), apresentou uma proposta para chamar o Hospital da Mulher da capital pernambucana de Eduardo Campos. Após a reação de grupos do movimento feminista, a proposta foi retirada. Mesmo assim, ainda existem sugestões como as dos deputados federais Fernando Filho, para que Eduardo dê nome a Refinaria Abreu e Lima, e Gonzaga Patriota, que espera homenagear o pernambucano, morto em um acidente aéreo, incluindo o nome dele no Aeroporto Internacional do Recife-Guararapes Gilberto Freyre.
Tatuagem do prefeito de Paulista. Foto: Divulgação.

HERDEIROS POLÍTICOS - CAMPOS E ARRAES


 

Numa entrevista publicada em seu blog há dez dias, Antônio explica porque decidiu postular a prefeitura olindense. "Sou um Campos Arraes na política. Não me considero o sucessor de Arraes ou Eduardo, cujo legado é do povo. Venho de uma família que há mais de seis décadas vem participando da política de Pernambuco e do Brasil sempre defendendo os interesses do povo brasileiro", afirmou.




Hoje, porém, a grande aposta do PSB para o futuro é João Campos, 20 anos, que já era apontado como herdeiro político de Eduardo. Estudante de Engenharia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), João foi, dos irmãos, o que mais se envolveu na campanha de Paulo Câmara, após a morte do pai. Em dado momento, ele ganhou tanto destaque da campanha para governador que passou a ter agenda de campanha própria, ao lado do candidato a vice Raul Henry, pelo interior do Estado. Quando João não podia ir, o outro irmão Pedro era escalado. No interior, os dois eram saudados e extremamente bem recebidos pela população, que depositava nos jovens o carinho que havia tido com Arraes e com Eduardo.
  
No final, evocativamente, encerrava o discurso da mesma forma que o pai costumava fazer ao falar com o povo do interior. “Contem comigo, vamos juntos, um grande abraço e até a vitória se Deus quiser”, repetia enérgico antes de ser ovacionado pelas palmas.

Eduardo Campos, “É uma pessoa que vai ficar no coração de todos os pernambucanos definitivamente”, acredita. 

Geraldo Júlio - Prefeito do Recife - PE 

Fonte: NE 10 PE


3 comentários:

  1. Morreu agora é bom, um santo.

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  2. Maria Ester de Albuquerque Lins -13 de agosto de 2015 às 15:33

    Não é por que morreu que era bom... Como todos político tinha seus pecados, mas ninguem pode negar que era uma grande lider, o que hoje faz muita falta num país desprovido de lideranças... Concordo com as palavras de sua esposa Renata Campos, "Eduardo era um grande homem público. Sua sensibilidade, coragem e determinação, seu otimismo e generosidade, marcaram sua vida e fizeram a diferença na vida de muita gente" sejamos justos, pernambucanos, nordestinos, brasileiros!!!

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  3. VOTEI NELE EM TODAS ELEIÇÕES NO EX-GOVERNADOR E VOTARIA NOVAMENTE. MAS ACHO QUE ESTÃO EXAGERANDO QUANTO A COLOCAR SEU NOME EM TUDO QUE É LUGAR.NA PISADA QUE VAI, NÃO DUVIDO QUE APAREÇA ALGUÉM QUERENDO MUDAR O NOME DO ESTADO DE PERNAMBUCO PARA EDUARDO CAMPOS.

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