O governador Paulo Câmara (PSB) voltou a cobrar do governo federal o
aval para que Pernambuco possa ter acesso a operações de crédito. As
declarações foram feitas nessa segunda-feira (17), quatro dias após a
União suspender a autorização para que Estados e municípios tenham
acesso a empréstimos internacionais.
“Se não destravar os investimentos e as operações de crédito, vamos
correr um sério risco de ter a situação econômica muito agravada em
2016. Isso é ruim para todo mundo, principalmente para a geração de
emprego e de renda”, destacou.
A decisão do governo federal afeta inicialmente seis Estados e nove
municípios – entre eles Recife e Jaboatão – cujos projetos para
financiamento já estavam tramitando.
O governador lamentou a decisão e explicou que Pernambuco não faz
parte desse grupo. “A gente está ainda em uma etapa anterior. Estamos
buscando no Plano de Ajuste Fiscal incluir operações de crédito. Sabia
das dificuldades de 2015, mas quero viabilizar esse tipo de operação em
2016”, falou.
O governador comentou a situação do Recife e de Jaboatão diante da
suspensão. “Os projetos já estão aprovados e os dois municípios têm
total condição para fazer as operações que estão pleiteando. Foram
extremamente penalizados”, disse.
Paulo lembrou que há duas semanas os 27 governadores pediram à
presidente Dilma Rousseff (PT) para ter acessos às operações de crédito
junto a mecanismos internacionais de financiamento. “Ela se prontificou e
determinou ao ministro da Fazenda (Joaquim Levy) que estudasse caso a
caso. A gente espera que seja uma coisa momentânea para 2015 e que não
interfira no que foi colocado pelos Estados na reunião”, afirmou,
destacando que já pediu uma audiência com o ministro.
Dilma e Paulo se encontrarão na próxima sexta-feira (21) durante um evento do governo federal em Cabrobó, no Sertão.
Ele disse que vai colocar o assunto na pauta se tiver oportunidade.
“O Brasil, para voltar a crescer, vai precisar da ajuda dos Estados e
municípios. Temos um cenário pessimista demais para 2015. Há uma
possibilidade de ser recessão em 2016. Tenho sempre cobrado clareza de
cenário do governo federal. Sem clareza, a gente vai ter um ano de 2016
tão desafiador quanto de 2015”, declarou.
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