quinta-feira, 6 de agosto de 2015

EM QUEM CONFIAR? SE ESTAMOS À DERIVA E O TITANIC COM VENTRE RASGADO.... POR LUIZ SAUL

 

Não há o quê nem por que comemorar. Do esfacelamento do governo dilma ainda pode emergir uma emboscada para o país neste momento extremamente grave que fez o Temer “promover” a crisezinha a que se referiu para uma situação de “instabilidade institucional extraordinária”. O momento é de desânimo, de constrangimento e de medo. 
 
Basta que olhemos para o quadro dos políticos atuais. Em quem confiar? A quem entregar os rumos?
 
Temos um Eduardo Cunha descontrolado em campanha de retaliação pela sua inclusão no rol dos suspeitos, enganosamente debitada ao Governo. Preside uma pauta bomba que não se lhe pode atribuir a autoria, que, na verdade decorre de equívocos, egocentrismo, incompetência e de alguma má fé, estelionato e mentiras palacianas.

Temos um Fernando Collor renunciando aos últimos resquícios do decoro ao sussurrar nos solenes microfones (imaginem!) um sonoro “filho da p....”, direcionado ao PGR Rodrigo Janot, como se este fosse o responsável pela denúncia dos carros de luxo e de recebimentos tidos como fruto de propina ao senador. O político alagoano parece defeso de qualquer constrangimento ou culpa na medida em que se percebe apenas como vítima da instituição e da imprensa.

Temos uma coalizão esfarelando-se com a chamada base aliada traindo e ao menos dois partidos declarando independência, numa forma de se evadir de um titanic com o ventre rasgado, à deriva e adernado. 
 
Temos uma dilma em silêncio, sem poder, prestígio, traquejo e sabedoria; um Mercadante implorando socorro; e um Lula pedindo reflexão a um carcomido partido, numa conjunção de terror que devora todos.

Temos um Vice Presidente posando de estadista para analisar a crise, como que se preparando a “herança”, certamente em meio a conchavos. Concomitantemente, um Alkmim, também um Serra e mais um ou dois de olho na estrovenga prestes a ruir. O resto é isso: resto.

À parte da crise política, a outra – a econômica – está na tocaia de um país em frangalhos, com a moeda no poço, a indústria paralisada, o desemprego em alta, a inflação idem e a caminho do estagflação. Tudo isso foi construído por “eles”.

Pouco se me dá esses homens fracos e de ambições pessoais que cultivam o ego e desprezam o país como ente de abrigo, sustentação e progresso da sociedade nacional. São passageiros de qualidade duvidosa e que somente não serão rapidamente esquecidos porque a História haverá de contemplá-los no tempo certo com o diploma do demérito.
O que me preocupa mesmo é a reconstrução. 
 
Mas, não há o que comemorar. Nem o 16 de agosto nem o panelaço. O pior é outra coisa.




Por: Luiz Saul Pereira

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Caro leitor, seja educado em seu comentário. O Blog Opinião reserva-se o direito de não publicar comentários de conteúdo difamatório e ofensivo, como também os que contenham palavras de baixo calão. Solicitamos a gentileza de colocarem o nome e sobrenome mesmo quando escolherem a opção anônimo. Pedimos respeito pela opinião alheia, mesmo que não concordemos com tudo que se diz.
Agradecemos a sua participação!

NOSSOS LEITORES PELO MUNDO!