quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

SÃO PEDRO RESPONDERÁ PELOS APAGÕES - POR LUIZ SAUL



É importante que a população se ponha atenta a cada vez que o Governo anunciar uma intenção. Quando afirma que não haverá aumento nas contas da luz, cada um tem que fazer uma poupança para a majoração.

Quando afirma que não haverá apagão, é importante que cada qual adquira um lampião a gás, e também evite estocar perecíveis nas geladeiras.

A contumácia do engodo constitui uma marca registrada, ora por incompetência, ora por desconhecimento das matérias administradas, ou mesmo pela perda da sustentação (estol) do voo da libélula.

Os representantes da dilma esgoelaram-se na garantia de que não haveria cortes de luz, e que as reservas hídricas são suficientes tanto para o consumo quanto para a produção de energia elétrica. Mal fecharam as matracas e a Organização Nacional do Sistema Elétrico (ONS), reconhecendo que a demanda era superior à oferta, determinou a redução do fornecimento aos Estados do Sul, Sudeste, Centro Oeste e mais lá em cima em algumas cidades de Rondônia. Como esconder então o apagão?

Esse episódio no início de um ano sem chuvas, agravado pela crucial redução das reservas hídricas sugere que é apenas o começo e desnuda a imprevidência dos últimos governos tão incapazes de um olhar no futuro para investimentos em planejamento e tecnologias capazes de prevenirem a crise que aí está. No país não faltam cientistas e técnicos capazes de produzirem soluções de abastecimento perene de médio e longo prazo, da mesma forma como aconteceu em tantas regiões características de reduzidas precipitações pluviométricas. Mas, parece que as prioridades serão outras enquanto houver Perrier e Evian em suas geladeiras.

É por isso que, perdidos no problema, os governantes vão às televisões apelar pateticamente para São Pedro, como se o Pedro tivesse algo a ver com a inoperância terrena. Aliás, a imprevidência é tamanha que em algumas cidades, o povo não sabe identificar se a crise maior está na falta d’água que o desassossega ou no excesso das chuvas que o desaloja e também o mata. 

Daqui a pouco vão enfiar uma broca no Aquífero Guarany e bebê-lo sem planejamento até secá-lo.

O país é decantado pela riqueza em recursos hídricos. De que serve uma mina de ouro se falta garimpeiro?


Por: Luiz Saul Pereira

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