MISSÃO IMPOSSÍVEL, RECUPERAÇÃO DA IMAGEM DO PT, MAS É DIFÍCIL! POR LUIZ SAUL

 

No próximo fevereiro dar-se-á mais uma espécie de missão impossível de recuperação da imagem e principalmente do conteúdo do Partido dos Trabalhadores, na convenção prevista para Belo Horizonte. É importante ressalvar que, do ponto de vista formal, filosófico, estatutário, o PT é uma excelente agremiação desde a origem. A questão são os homens.

 
Não se pode afirmar que exista um grão provedor da fragmentação moral da legenda, na medida em que as suas grandes estrelas já o são, cada qual depositando a “contribuição” deletéria segundo a enorme pequeneza pessoal. À parte dos exemplos depreciativos de muitos comportamentos, a sigla ainda vadeia no meio de desentendimentos internos, nos quais alguns se escondem no temor de punições judiciais, outros se contorcem na disputa de visibilidade e poder, além dos chantagistas travestidos de divergentes. Quem olhar pra dentro do partido encontrará todos esses personagens. 

 
Olhando para os homens petistas, temos o Lula, ora investigado em Portugal por suposto recebimento de propina, já que por aqui não é investigado; aí a gente se lembra das outras pessoas como tipo José Dirceu, Delúbio, João Paulo, João Vaccari Neto, Agnelo Queiroz, André Vargas, Cândido Vacarezza, Palocci, Marilena Chauí, Tião Viana, Gleisi Hoffmann, Paulo Bernardo, que estiveram, estão, ou em algum momento estarão no topo da pirâmide do partido, na condição de estrelas. Têm mais outros nomes não menos importantes sob a suspeita de envolvimento na associação que se construiu com uma parcela da iniciativa privada para o assalto à Petrobrás, e certamente a outras estatais que ainda serão divulgados.

Bom, ainda tem a dilma... mas a dilma é a dilma. Nem sei se é petista... É apenas a dilma, coitada.Para completar, não bastasse o case Petrobrás, o noticiário é farto em divulgar os últimos escândalos em que membros do partido teriam atuado: Mensalão, Cartões Corporativos, Celso Daniel, Bingos e Dossiê dos Aloprados.

Não é pouca coisa, nem é perseguição da imprensa tendenciosa. 
A mim me parece difícil recuperar a antiga imagem. Mas, o interessante de tudo é que eles seguem como se nada tivesse acontecido. Assim, como a mentira repetida à exaustão vira verdade, nada aconteceu. 

 
Mas, é difícil.

 Por: Luiz Saul Pereira