Na corrida frenética para abafar ou, pelo menos, restabelecer um viés de normalidade, a cúpula governamental busca laçar um ou outro executivo da iniciativa privada para integrar o comando da Petrobras. O movimento poder-se-ia também chamar a caçada ao boi de piranha.
Em rio infestado de piranhas, porém, jacaré nada de costas, pois não?
Daí que os executivos sondados para contribuir no processo de saneamento material, financeiro e especialmente moral do conglomerado petroleiro mantêm os pés e as mãos atrás, com a informação de que as eventuais adesões estão condicionadas à prévia divulgação do balanço do terceiro semestre do ano de 2014 (que ainda não acabou) e que ainda se encontra pendente, e mais que isso, nebuloso.
Escaldados e prevenidos em relação à possível divulgação do balanço incorporando o prejuízo decorrente de Pasadena e Petrolão – que, no fundo são a mesma coisa –, os executivos alvo temem ligar seus nomes a uma aventura de barco à deriva, sem capitão, sem leme e sem mapa náutico mínimo. Sabem que a divulgação da contabilidade com o apontamento de prejuízo astronômico ensejará a sede de sangue dos acionistas que já estão com canudinhos apontando para as jugulares.
Ademais disso, sabem também que a imissão na diretoria da empresa antes da divulgação do citado balanço poderia torná-los passíveis de serem em algum momento confundidos como partícipes dos desmandos e dos delitos de outrem.
Por isso, batem na madeira três vezes. E com razão!
por:Luiz Saul Pereira
É O POVO É,,,,,,,,ESSA.
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