segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

CORTE DAS DESPESAS PÚBLICA, ELA É QUEM SABE... POR LUIZ SAUL

 

Antes de aplaudir é necessário compreender que quando o Governo dilma anuncia o corte de R$22,7 bilhões das despesas públicas, na verdade o nome e o verbo é congelar. Daí que as verbas praticáveis remanescem no desenho do orçamento. 
 
Isso implica a perspectiva de uma batalha sem fronteiras entre a equipe econômica contra a irresponsabilidade do outro lado que se importa apenas e tão somente com a realização de gastos em projetos muitas vezes de estratégia pessoal e descompromissada com a austeridade que o momento exige.

O Ministro da Fazenda se afigura defeso na profissão de fé de apartar o aspecto perdulário com que o Tesouro sempre foi usado. Tendo em conta, porém, o hábito da mamata esbanjadora nacional, as pressões pelo descontingenciamento serão fatalmente urdidas na intimidade do Poder e direcionadas à própria dilma, que terá, ou não, pièce du résistance suficiente. Mas, nunca se sabe nesse tipo de Brasil. Pessoalmente, arrisco que a ventruda resistirá nos primeiros dois anos. Depois, bom, depois é outra estória. 


Logo em fevereiro próximo confirmaremos que apoio político não se dá ideologia, mas por absoluto interesse. Assim, prefeitos, deputados, senadores, amigos, vizinhos e conhecidos apresentarão as faturas respectivas ao Poder, exigindo cargos, prestígio, mas especialmente verbas.

Prevendo uma economia, em 2015, de R$ 66 bilhões, significa que esse R$22,7 bi somados aos R$ 18 bi da tosse da vaca alcançariam R$ 40,7 bi, um tanto próximos da meta.

Restaria cortar os cartões corporativos, as escalas bacalhau e outros desvarios para alcançar o valor programado.

Ela é quem sabe...

Por: Luiz Saul Pereira

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