Nordestino que sou, embora sem aquela voluntariedade de orgulho patriótico, acho que nesse processo de reformulação da economia a região poderá sofrer nova derrota em um assunto que lhe é muito caro: a água.
Acontece que o tal Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, que fragilizou o Tesouro Nacional, derramando divisas para a realização de obras inacabadas por todo o país passará necessariamente por uma reavaliação voltada ao refreio dos gastos públicos.
Em tese, a nova equipe voltar-se-á para as obras de infraestrutura, especialmente de recuperação da indústria para o restabelecimento da produtividade/competitividade.
Por isso, empreendimentos como a transposição do Rio São Francisco não será – como nunca foi – uma prioridade governamental. Nunca passou de uma miríade eleitoreira gradativamente alimentada no rastro da sede e da crendice incauta. Ademais disso, o coitado do rio, no ritmo em que vai, está agonizando e, sem empenho e providências, poderá não ter água a transpor. Será preciso eleger outro rio, como acabam de fazer os paulistas.
Pelo menos desta vez não fizeram como a Zélia e o Collor que jogaram um cara ou coroa para a definição do confisco. Estão apenas elegendo prioridades de recuperação.De uma forma ou de outra, nós, os João Grilos, haveremos de nos contentar com a redução do ritmo das obras e dos dinheiros para aquelas obras, até porque já passaram as eleições. Afinal, o nordestino é tão forte que não seria uma secazinha a derrotá-lo.
Ave seca, os sem água te saudamos!
Por: Luiz Saul Pereira
O ator Matheus esteve aqui o ano passado no Festival de Cinema de Triunfo e fez muito sucesso entre os admiradores da 7 ª arte.
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