quarta-feira, 1 de outubro de 2014

NO AGUARDO DA "LISTA DE CHAMADA" - POR LUIZ SAUL

 

Não bastasse a tragicomédia das campanhas que estão rastejando por aí, o pânico começa a assomar corpos e mentes de importante contingente político do Brasil. Primeiro, foi o Paulo Roberto da Costa, ex-diretor da Petrobrás, e delinquente contínuo, que, pressionado pela assombração das grades, pela família e pela exposição inquestionável dos seus crimes, apelou para delação premiada, ainda não formalizada, e começou a cantar como um passarinho na divulgação dos nomes dos parceiros da corrupção. É de se imaginar o que se passou em sua cabeça durante a “visita” muda à inútil CPMI, quando manteve fixo o olhar de cinismo na direção de alguns parlamentares com aparência de cólera e pavor, por constarem do seu libelo difamatório. 

Na segunda etapa, a “coisa” se anuncia pior, pois agora está sendo a vez de Alberto Youssef, tido como o venerável chefe da quadrilha revelar a intenção de também aderir à entrega dos crimes e dos comparsas respectivos. Enquanto a delação estava situada em um intermediário de acusações não se sabe se documentadas ou não, os desmentidos faziam parte do universo da dissimulação. Tratando-se, porém, do grão-vizir do bando, é de se presumir alguma certeza de que se resguardou com provas substanciosas ao longo do processo de corrupção, se não, não há de ser considerado um bom bandido. 
 
Na outra ponta mal-assombrada estão as decisões retiradas no III Fórum Nacional dos Juízes Federais Criminais, realizado no Recife (PE), entre 10 e 12 de setembro.Pois bem, nesse Fórum, entre outras decisões importantes para asfixiar a corrupção e aperfeiçoar o processo de julgamento dos crimes de colarinho branco praticados aqui, os participantes sinalizaram a adoção do procedimento de negar o apelo em liberdade, nos casos de crimes graves contra a administração pública, enquanto o produto do crime não estiver integralmente recuperado. 
 
Tal medida, acaso implantada mudaria a lógica tradicional e consentida de permitir a esse tipo de criminoso manter-se zombando da Justiça até a eternidade, na riqueza dos embargos e dos agravos, como o caso do Paulo Maluf e familiares. Mas, são muitos os outros exemplos, inclusive os próprios Paulo Roberto da Costa e Alberto Youssef.
 
Aguardemos a “lista de chamada”.

 Por: Luiz Saul Pereira

2 comentários:

  1. Sou admirador das suas publicações.

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  2. Cláudio José de Melo1 de outubro de 2014 às 22:43

    Apesar de todas as artimanhas da turminha petista, segundo pesquisa Datafolha divulgada ontem, a presidente que concorre à reeleição pelo PT, tem 40 % dos votos. Marina (PSB) cai para 25% e Aécio (PSDB), se aproxima na briga pelo segundo turno. No Ibope, índices são 39%, 25% e 19% .

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