domingo, 26 de outubro de 2014

DERROTADO, AÉCIO DIZ QUE É PRIORIDADE UNIR O BRASIL

 
 
BELO HORIZONTE - Em rápido pronunciamento após perder as eleições neste segundo turno para Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) disse que telefonou para a presidente para cumprimentá-la e desejar sucesso na condução de sua próxima gestão. "E ressaltei que considero que a maior de todas as prioridades deve ser unir o Brasil em torno de um projeto honrado e que dignifique todos os brasileiros."
 
Ao lado de correligionários e da esposa Letícia Weber, Aécio agradeceu os cerca de 50 milhões de votos que recebeu e que, segundo ele, apontaram o caminho da mudança. "Serei eternamente grato a cada um que me permitiu voltar a sonhar e acreditar na construção de um novo projeto, essas cenas jamais sairão da minha mente e do meu coração", ressaltou.
 
Nos agradecimentos, o tucano citou o vice em sua chapa presidencial, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), a quem classificou der "bravo companheiro de caminhada".

 
 
AÉCIO NEVES JÁ É UMA OPÇÃO PARA 2018
 
 
Derrotado nas urnas neste domingo, o senador Aécio Neves (PSDB) precisa agora reconquistar sua liderança em Minas Geraise pode se manter como possibilidade para 2018, de acordo com especialistas ouvidos por EXAME.com. Aécio volta para seu mandato no Senado.
 
“Aécio se mostrou ao longo dos anos uma excelente liderança regional. Acho que a tendência seria ele voltar para Minas Gerais, mantendo um pé no cenário nacional”, afirma o cientista político José Augusto Guilhon Albuquerque.
O senador viu sua influência entre os mineiros diminuir nessas eleições. Seu candidato ao governo do estado, Pimenta da Veiga (PSDB), foi derrotado pelo petista Fernando Pimentel ainda no primeiro turno. 
 
Na corrida presidencial, Dilma Rousseff (PT) também recebeu mais votos que Aécio em Minas Gerais no primeiro turno (41,59% a 33,55%) e no segundo turno (52,4% contra 47,6%).
 
Sobre a próxima disputa para a presidência, o cientista político Albuquerque diz que ainda é cedo para saber se o mineiro continua como candidato: “Ele poderia ser o candidato do PSDB em 2018, mas será que ele vai querer?”, questiona.
 
Para o cientista político Humberto Dantas, o nome do PSDB para 2018 depende ainda das estratégias do partido. “O PSDB pensa de forma muito pragmática o nome do candidato à presidência. Não existe uma insistência num nome específico, como existiu no PT com o Lula”, afirma.
 
Ele explica: “Os tucanos colocam no cálculo a manutenção de pontos estratégicos, como o governo do estado de São Paulo”.
 
Campanha
 
© Foto: Orlando Brito/Coligação Muda Brasil Aécio Neves (PSDB) em campanha pela presidência do País 
             
        
Aécio foi o tucano que mais deu trabalho para o PT nas últimas eleições, protagonizando uma das mais disputadas campanhas presidenciais desde a redemocratização.
 
A derrota é o segundo revés do candidato em toda a sua carreira política, que completa 35 anos. Em 1992, Aécio foi vencido na campanha pela prefeitura de Belo Horizonte. Naquele ano, a cidade elegeu o petista Patrus Ananias.
 
A campanha de 2014 era a mais favorável para a oposição em anos, o que explica a vitória apertada dos petistas. A boa votação recebida pelo PSDB é explicada em parte pelo mau momento do partido do governo: o país vive uma situação econômica adversa e a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, não tinha a força eleitoral de Lula, seu padrinho e antecessor.
 
No entanto, o cenário não foi suficiente para garantir a maioria dos votos a Aécio Neves. A última semana antes do pleito mostrou uma virada nas intenções de voto, com Dilma Rousseff aparecendo em primeiro lugar, ainda que no limite da margem de erro.
 
A principal bandeira tucana durante a campanha foi o resgate da economia. Aécio criticou reiteradamente a política econômica atual e prometeu garantir o tripé macroeconômico (inflação no centro da meta, superávit primário e câmbio flutuante). Com isso, pretendia resgatar a confiança dos investidores.
 
Na campanha, o tucano também fez questão de reforçar que, caso fosse eleito, não acabaria com os programas sociais que marcaram os governos petistas, como o Bolsa Família.
 
 
 
 

Um comentário:

  1. Eu não diria que ele foi derrotado, 50% do povo brasileiro sim, estão derrotados, Aécio, foi vitorioso em chegar tão perto de ser presidente!

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