Estou surpreso com o que acabo de ler...Trata-se de um estudo sobre "ricina", onde se conclui que é um produto extremamente tóxico - mais tóxico até do que o veneno de cobra e que tem sido usado inclusive para assassinatos de pessoas por terroristas... Veja a notícia escaneada!...
Criado que fui na zona rural de Triunfo - (sitio peri-peri ) - grande produtora de mamona, nunca tomei conhecimento disso... Então lidávamos muito com a mamona (ou carrapateira), até para brincar , lançando as bolotas com baladeiras...A "carrapateira ", ali e então, era quase uma praga pois nascia com facilidade ,reproduzia muito rápido, safrejava também em pouco tempo, e se espalhava em mudas, sem ninguém plantar...
Com
grande velocidade ocupavam os terrenos cultiváveis sem cerimônia!
Por isso a mamona era combatida e desestimulado o plantio pelos donos
de terras, principalmente por ser economicamente inviável... Isto é,
os preços das sementes eram muito baixos pois não havia demanda
compensatória para quem plantasse. Mas já naquela época se falava
na utilização do óleo de mamona para lubrificação de mecanismos
de tecnologia de ponta, sofisticados e exigentes!...
É
a época do surgimento dos motores a jato, usados na aviação, que
demandavam esse tipo de óleo para atender a indústria americana e
inglesa. OS brasileiros poderiam ter ganhado muito dinheiro se
houvesse mais competência dos nossos governantes! Todavia,
aproveitava-se mal e porcamente aquela fonte de riqueza , por falta
de uma política apropriada de exportação...Todavia, lembro-me que
no estado da Bahia a coisa foi levada mais a sério pelo governo do
estado, e a mamona teve um "boom" tornando-se, por algum
tempo, uma fonte de renda razoável...
Lembro-me
que, na nossa região - Triunfo/PE - o óleo da mamona era extraído
com calor, depois de maceradas as sementes e aquecidas em panelas de
barro. Mas tudo era feito de forma precária ,produzindo-se um azeite
grosseiro, preto - embora visguento - consumido nas pequenas
propriedades, usados para iluminação em candeeiros, fazer sabões,
e para lubrificar eixos de "carros de boi", rodas de "casa
de farinha", engenhos de rapadura, etc...Também era usado para
cobrir ferimentos de animais machucados... Dizia-se que também
evitava a infecção proveniente de mordidas de morcegos
hematofagos,animais esses muito agressivos, e comuns no município
de triunfo...
Esses
bichos, sangravam o gado, os cavalos,etc. E muitas vezes atacavam até
as pessoas! Isso tudo durante o sono, para sugar-lhes o sangue da
vida! Dava dó vermos os animais pela manhã, banhados de sangue, que
continuava escorrendo em pequena hemorragia, depois que o morcego
filho da puta enchia a barriga!...
Lembro-me
que protegíamos os animais com pedacinhos de couro de raposa ,
presos ao pescoço dos coitados ou às crinas, no caso dos
cavalos...Como a raposa era naturalmente predadora de morcegos, o seu
cheiro, impregnado nos pedaços de couro, eram um repelente
natural...Faz Sentido! O óleo de mamona era usado em pequeníssimas
quantidades, para purgativos nos animais e eventualmente em
humanos...Era o "azeite preto"! Agora, vendo essa
reportagem, vejo o risco que as populações corriam, ingerindo
eventualmente subprodutos da mamona...No mesmo pacote, segue algo
muito engraçado - só para nós,claro - que era o tratamento dado
aos estupradores, no Brasil, no século XIX
Abração!
Y.Castilho
Campos (ycastilhocampos@hotmail.com)
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