INSTALADO O PÂNICO, O CAOS NESTE PAIS CHAMADO BRASIL

E foi instalado o desespero, o pânico, o caos...
A Dilma, revisitando o discurso, transforma o isolacionismo que cultivou no templo da arrogância em uma tardia tentativa de aproximação do empresariado e das igrejas. Com a troca de inimigo n° 1, do Aécio pela Marina, assesta suas baterias contra a herdeira do Eduardo Campos, a quem acusa de apresentar soluções sob a forma de magias, isto é, na base do devaneio, da utopia. 

Se a presidente possuísse um dom professoral até poderia convencer um pouco com a sua “didática”. Acontece que ela carrega uma inequívoca contradição entre teoria e realidade, e um singular descontrole verbal que a atrapalha. A moça ignorou até a cortesia ritualística ao provocar cruelmente e de viva voz o Aécio: "Você está querendo sentar na minha cadeira, né Aécio? Mas não vai sentar não". Isso, fora dos holofotes. Briga de rua...

O Aécio, coitado, não bastassem as agruras de dormir em pesadelo e acordar com a confirmação, ainda tem que assistir o coordenador de sua campanha, Agripino Maia (DEM), ensaiar já agora a transferência do apoio para a Marina Silva, porque, nos seus termos, o importante é derrotar o PT. Sem entrar no mérito, a iniciativa revolve o território da prostituição que implica tais alianças, que, em resumo, dorme-se com quem paga. E, ao que parece, o tucano já não dispõe de cobres. Restam-lhe as saudades de Minas Gerais.

E a Marina Silva? Será que ela acredita em todos os projetos que declara? Eu sempre me recuso a demonizar por inteiro esta candidata em respeito a alguns aspectos da sua trajetória, desde os tempos de invasora de terras, na Região Norte. Mas, vamos e venhamos, desde então exercitou o oportunismo como uma religião, a começar pela troca de partidos. Parece até que bate tambor, e que tambor! Pulou de galho em galho, e está prestes a pular novamente, enquanto navega no PSB e na herança. 

Transformou-se em conferencista, mercê da inteligência, da informação e da boa articulação. Daí a sua desenvoltura em percorrer a campanha apresentando propostas de cenários bonitos, romanescos, mas que aparentemente falham no aspecto de exequibilidade, em um país que precisa superar outros aspectos mais comezinhos. 
Por enquanto, só ela está se salvando do caos. Por enquanto...