quinta-feira, 14 de agosto de 2014

OS MAUS PRESSÁGIOS E AS EVIDÊNCIAS DAS TRAGÉDIAS DE AGOSTO - POR LUIZ SAUL

 
Agosto, também chamado o mês do cachorro louco, voltou a coincidir com perplexidades anteriores envolvendo mais uma vez a perda de personagens proeminentes da política. Mas, não é só na política que esse mês registra tragédias, a começar pelos terrificantes bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, em 1945, com a perda de milhares de vidas inocentes, inaugurando a era atômica. 
 
No Brasil, além de Eduardo Campos, que morre no dia do aniversário do falecimento do seu avô, Miguel Arraes, tivemos também as perdas de Juscelino Kubitschek, Getúlio Vargas e Agamenon Magalhães, este, também ex-governador de Pernambuco. Importa, então, neste momento, apenas a solidariedade às famílias enlutadas no brutal acidente, desejando que cada uma delas retome o caminho da normalidade no tempo possível, e que as dores se transformem em saudades, e depois em lembranças da melhor qualidade.

O que se sabe é que o homem Eduardo Campos era um pai extremado, de relacionamento doméstico harmonioso, e leal com as amizades, caminhando em trilha vicejante de cimentar a confirmação de uma carreira política para os maiores desafios do país. 
 
Na inevitável avaliação da orfandade política que se estabelece, o primeiro cenário que surge é o do embaralhamento. Até aqui se vislumbrava uma possível aliança Aécio/Eduardo para competir com a Dilma em um eventual segundo turno. Excluída tal possibilidade, poderia o partido enlutado escolher um substituto do candidato, mas, que dificilmente seria a Marina, em face do antagonismo dos grupos e também porque a moça não traduz nem reproduz a síntese do pensamento partidário. Ressalve-se, porém, que em política tudo é possível, inclusive a unção da Marina Silva no quadro da contradição.

Por outro lado, olhando para dentro do PSB não parece haver ninguém com a verve e a mesma ambição edificada ao longo do tempo para consubstanciar uma candidatura no mesmo nível. Assim, uma possível substituição serviria mais para fazer número e para homenagear o morto, já que mesmo com o Eduardo na cabeça da chave, ele próprio desconfiava da quase impossibilidade de sua vitória no pleito deste ano. A sua candidatura mais parecia constituir um balão de ensaio para eleições futuras. 
R.I.P.

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