quarta-feira, 13 de agosto de 2014

EM ENTREVISTA EDUARDO SE DEFENDE DO NEPOTISMO E CRÍTICA A POLÍTICA ECONOMICA DA PRESIDENTE DILMA

 Eduardo Campos na bancada do Jornal Nacional. Foto: divulgação TV Globo
Aproveitando ao máximo os 15 minutos da entrevista no Jornal Nacional, nesta terça-feira (12), o candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) pareceu ter sido bem instruído para sabatina ao vivo com os âncoras do telejornal de maior audiência do Brasil. O postulante usufruiu da janela eleitoral proporcionada pelo programa para apresentar as principais bandeiras da campanha: Passe Livre e as escolas em tempo integral.
O esforço para se mostrar à vontade e com uma postura menos defensiva na bancada do telejornal se explica pelo reduzido tempo de guia eleitoral do candidato. A exibição no JN equivale a todo o tempo de Eduardo durante duas semanas no bloco noturno do horário eleitoral. 
O media trainning parece ter sido intenso, porque o candidato mostrou-se desenvolto diante das câmeras, apesar das perguntas mais polêmicas, como o “empenho” em eleger a mãe Ana Arraes para ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) e com o rompimento da aliança com o PT, depois de mais de dez anos atuando ao lado do partido. 
As indicações dos primos para o TCE e da mãe para o TCU foram um dos principais assuntos do Jornal Nacional, na sabatina com Eduardo Campos. Os apresentadores perguntaram se ele considerava a prática como “nepotismo” e se ele manteria a postura caso eleito.
O candidato rebateu os apresentadores se intitulando como o primeiro governador do País a criar uma lei contra o nepotismo. Questionado sobre o empenho na eleição da mãe para o cargo, o socialista respondeu afirmando que não votou porque não era deputado.
O apresentador William Bonner insistiu sobre a questão ética no esforço do candidato em eleger Ana Arraes e, ao perguntá-lo diretamente se ele via algo de errado no “empenho pessoal” durante a eleição de Ana para o TCU, Eduardo respondeu sinteticamente: “Não!”. O TCU é responsável por julgar e fiscalizar as contas do governo federal.
Ao ser indagado sobre as indicações de familiares para cargos públicos, como dois primos – Marcos Loreto e João Campos – para o TCE, Eduardo primeiro negou a indicação de ambos, dizendo que tinham sido nomeados pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Visivelmente contrariado, corrigiu-se dizendo que João Campos foi “indicado na vaga do Executivo e preenchia os requisitos do cargo”. Ao longo dos questionamentos, ele destacou os “predicados” dos parentes.
Durante a entrevista, o candidato também defendeu a extinção de cargos vitalícios. “Eu acho que o Brasil deve fazer uma reforma constitucional para acabar com cargos vitalícios que ainda existem na Justiça, é preciso ter os mandatos também no Poder Judiciário, coisas que existem em outras nações do mundo, de maneira a oxigenar os tribunais, garantir que esse processo de escolha seja um processo mais impessoal”, defendeu o candidato diante da bancada.
ECONOMIA – Apesar de as indicações de familiares para cargos públicos terem sido as situações mais polêmicas durante a entrevista, os âncoras abriram a sabatina conversando sobre economia.
O candidato reiterou a comparação que vem fazendo durante a campanha de que o Brasil “está perdendo de 7 a 1″, em alusão à derrota da seleção brasileira para a da Alemanha na Copa do Mundo.
“O Brasil perdeu de 7 a 1 dentro do campo, na Copa, e também está perdendo de 7 a 1 também fora do campo, porque é 7 de inflação com a presidenta guardando na gaveta dela para depois da eleição o aumento da energia e o aumento do combustível, mesmo assim com menos de 1 de crescimento”, criticou o postulante.
COERÊNCIAS – O ex-governador de Pernambuco afirmou que sua vice Marina Silva “não tem nada contra” o agronegócio, a indústria ou o desenvolvimento econômico. O postulante sustentou a resposta criticando a repetição do discurso de que as contradições entre sustentabilidade e desenvolvimento são do século passado.
“Hoje todo mundo bota numa equação só”, disse, ao defender uma postura de desenvolvimento com respeito ao meio ambiente e à inclusão.
Questionado especificamente sobre o Código Florestal, que foi apoiado por seu partido e duramente criticado pelo grupo político de Marina, Campos disse que a aliança dele com a vice é de pensamentos, de programa, não uma aliança de “personalidades”. Campos destacou que no caso, em particular, ele defendeu as posições de Marina.
 Fonte: NE 10 PE/ Blog de Jamildo

4 comentários:

  1. Outro enganador. vai levar lapada tripla: nacional, estadual e municipal

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  2. A surpreendente notícia da prematura morte acidental do ex-governador Eduardo Campos, candidato a Presidência da República, pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) deixou-me bastante chocado pela proximidade que tivemos ao longo dos anos na militância política do PMDB-Jovem e depois nos governos do avô Miguel Arraes. Houve um ligeiro período de afastamento depois da sua travessia para o novo partido, mas sempre que nos encontrávamos era possível uma rápida conversa recordando o passado duro de combate ao regime ditatorial por nossa equipe idealista de vanguarda Inclusive tiramos foto juntos quando da sua passagem pelo vizinho município de Santa Cruz da Baixa Verde. Nossa última conversa deu-se no comitê do candidato a prefeito de Recife, Geraldo Júlio (PSB) que saiu vitorioso em 2012, na Avenida Visconde de Albuquerque, Bairro da Madalena, onde fica o meu apartamento . Portanto ainda está difícil acreditar ser o fato uma realidade. Entre as boas recordações, as muitas viagens por municípios pernambucanos nas campanhas de Dr. Arraes e do mesmo. Apoiamos aqui em Triunfo Eduardo Campos ( federal) e Djalma Paes( estadual). Outro fato que marcou o seu reconhecimento foi quando estava reunido certa vez nas proximidades da bilheteria do Centro de Convenções, Olinda-PE, antes de um show da cantora Gal Costa, com a equipe de fiscalização da Decom a qual comandava - o mesmo ao entrar no espaço e avistar-me, deixou a esposa Renata Campos ( filha do ex-secretário de saúde Ciro Andrade Lima) e dirigiu-se gentilmente para cumprimentar-me. Sua partida deixará um vácuo na política de Pernambuco e do Brasil. Estou muito triste.....

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  3. Solange Martins Diniz13 de agosto de 2014 às 16:00

    Eu assisti a entrevista do candidato e achei que ele estava muito seguro nas suas afirmações,semblante sereno e muito bonito,por sinal, com aquele sorriso que lhe era peculiar e carismático. Fiquei triste com o ocorrido e acho que o Brasil inteiro também, principalmente o nosso nordeste. Que pena que não se trata de uma brincadeira, da forma como já estão fazendo com a outra candidata, pela internet, o que aliás manifesta uma tremenda falta de compostura, de sensibilidade e de respeito para com o momento de pesar. Mas, adiante com o caminhar e seja do jeito que o Plano Superior quer e determina!

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  4. Não restam dúvidas de que se abre uma lacuna com a partida de Eduardo Campos no campo político, um jovem, um idealista que lançou-se candidato à Presidência após ter ficado durante 08 anos no Governo Lula e mais três anos e meio no governo Dilma. Havia sim uma certa incoerência quando em seus discursos em plena campanha, atacava o governo de que fez parte aduzindo de que desde o primeiro instante no governo estaria alertando o governo acerca de questões controvertidas mas na sua essência, tinha o escopo de denegrir a imagem do governo atual. Durante a entrevista no Jornal Nacional, quando lhe perguntado acerca do cargo vitalício de sua mãe e de indicações suas para que a sua mãe e primos ocupassem os cargos mencionados, viu-se um homem completamente surpreso e em muitas vezes titubeou em suas respostas sendo absolutamente evasivo. Certamente, com a ida de sua mãe para o Tribunal de Contas, aparentemente, com o apoio do gestor desta cidade, já que suas contas tortas foram aprovadas "com ressalvas" deixam dúvidas e que dúvidas. Não é por isso que deve-se criticar algumas atitudes de um ex-governador que durante os anos de mandato deixou de pagar cerca de milhões de precatórios alimentares. Desde o ano de 2008 que não se paga um tostão sequer aos idosos, funcionários públicos que ganharam em última instância o direito de receberem os seus direitos e que o governo estadual em arroubo de autoritarismo, devolve a incontáveis pessoas com o verdadeiro calote. Não desmerecendo o mérito do jovem idealista que pregava agora tantas promessas como o estudo integral, passe livre e o aumento do FPM não soube com precisão dizer como iria conseguir usar de tal façanha e principalmente acerca de divergências coma a sua própria candidata à vice que após a tentativa frustrada de não conseguir registrara a sua REDE SUSTENTABILIDADE, resolveu engajar-se a ilusão de como disse anteriormente, de um grande idealista o que na prática não é a mesma coisa. Diante desta tragédia, afora as distorções e divergências de ideais, só tenho a lamentar a brusca partida de um jovem que ainda poderia contribuir muito com o progresso do país. Pesares aos seus familiares que conheci, que neste momento de angústia, de tristeza, precisam do apoio humano, da cristandade, do amor à Deus para que com maior brevidade possam recuperar o irrecuperável.

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