Propagandas na TV buscam neutralizar discurso do possível rival em 2014
Com o objetivo de neutralizar o discurso do governador de Pernambuco,
Eduardo Campos (PSB), a presidente Dilma Rousseff decidiu adotar na TV o
slogan "é possível fazer mais".A frase pronunciada por Dilma é praticamente a mesma repetida nos
últimos meses por Campos, possível adversário da petista na corrida ao
Palácio do Planalto em 2014.
Desde ontem, o PT começou a veicular quatro propagandas de 30 segundos nos intervalos comerciais das TVsOs filmes serão transmitidos ainda no dia 30 deste mês e nos dias 2 e 4
de maio. Ao todo, serão 40 inserções na programação nacional de todas as
emissoras.
O "é possível fazer mais" foi repetido por Campos -pelo menos
oficialmente ainda é aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e
de Dilma- no programa de TV nacional do PSB veiculado na quinta-feira. O
slogan tenta transmitir a ideia de que o Brasil está indo bem, mas há
como melhorar.
No caso de Dilma, ela aparece interagindo com Lula em um dos comerciais
petistas. "Os brasileiros já aprenderam", diz o ex-presidente, "que é
possível ter sempre mais", completa ela.Mais adiante, após o comercial mencionar que os brasileiros já têm
"geladeira, a casinha, o carro" e "o curso médio, a universidade,
depois, o doutorado no exterior", Dilma diz na tela: "É possível fazer
cada vez mais".
A única nuança entre o slogan de Campos e o de Dilma é que ela inclui um
"cada vez" na sua frase. É uma estratégia do marqueteiro João Santana,
contratado pelo PT para fazer o lote de comerciais.A lógica de Santana é que o discurso de Campos tem alguma eficácia, ao
se mostrar como algo novo e que pode avançar sobre conquistas do país.
Era assim que o PT se apresentava no passado.
A tática do marqueteiro indica que o PT, para continuar no poder, terá
de penetrar no imaginário do eleitor como o partido mais habilitado a
fazer "cada vez mais".Há também a presença marcante de Lula nos quatro comerciais, até porque
os filmes são para celebrar os dez anos do PT no comando do governo
federal, completados em janeiro.
Nota-se a tentativa do marqueteiro de buscar alguma linguagem diferente
da tradicional. Evita usar só as caras de políticos na tela da TV. Em um filme, imagens de Lula e de Dilma se projetam sobre corpos
despidos. Os dois dizem: "Nosso Brasil vai ser cada vez mais o Brasil de
todos os brasileiros".
Num outro comercial é usada uma técnica de computação gráfica conhecida
como "morphing". O recurso permite sobrepor imagens de várias pessoas
enquanto suas faces vão se fundindo na tela, com naturalidade. O comercial com pegada mais eleitoral mostra pessoas correndo e saltando
"obstáculos" cenográficos: palavras como "atraso", "miséria" e
"discriminação". Dilma Rousseff é apresentada como a presidente que
"ampliou o Bolsa Família" e está "moralizando o setor público".
Ao final, aparecem pessoas com bandeiras do Brasil e do PT enquanto o
locutor diz: "O governo Dilma prepara o segundo grande salto brasileiro.
O salto mais definitivo da nossa história". Fica subentendido que a
referência é à possível campanha de reeleição de Dilma, em 2014.
Fonte: Folha de São Paulo (28/04/2013)
Fonte: Folha de São Paulo (28/04/2013)
A união agora se dissolve de vez, ninguém aguenta mais esse PT. Eduardo Campos já!
ResponderExcluirSerá que ainda há tempo para moralizar este País?
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