domingo, 28 de abril de 2013

CURIOSIDADE DO BLOG - DIA DA SOGRA - 28 DE ABRIL

Segunda mãe: as sogras que desfizeram a imagem de vilãs

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Elas são representadas como pessoas fofoqueiras, responsáveis por tirar o sono de genros e noras e até separar casais. Quando não demonizadas, na melhor das hipóteses acabam virando frequentes alvos de piada. À figura da sogra, agregou-se ao longo da formação da instituição familiar uma simbologia negativa reproduzida até hoje. Mas não faltam histórias onde a tal parente indesejada pode sim ser considerada uma segunda mãe. Às representantes desse grupo é reservado o dia 28 de abril, este domingo.
 
 
Tentando explicar por que coube à sogra, e não ao sogro, a má fama, o psiquiatra e psicoterapeuta Roberto Faustino aponta a responsabilidade que é dada à mulher dentro da instituição familiar. "Desde pequena a menina é criada para ser mãe, cuidar da casa. É a mulher a responsável pelo bem estar da família. O homem é o provedor, passando mais tempo fora de casa, sem estreitar os laços afetivos", explica.
 
 
Por força do destino ou grande afinidade, algumas sogras acabam ganhando destaque na vida de genros e noras. No caso de Arlindo Barbosa, entregador de 21 anos, Risonete Alves, 42, autônoma, é mais que uma sogra. "Eu só tinha 16 anos quando minha mãe morreu, depois de um ano de namoro. Ela (Risonete) fez de tudo, me deu bronca, conselhos...", conta Arlindo. Hoje noivo de Tatiane Alves, 20, ele só tem palavras de agradecimento à sogra. "Digo que ela é o segundo presente da minha vida e responsável por me dar o primeiro, Tatiane. Posso chamar ela de mãe", declara-se.
 
 
Rosinete é uma sogra tranquila, que não gosta de dar opinião no namoro da filha. "Uma vez eles acabaram e ele (Arlindo) veio falar comigo para reatar. Aí eu disse a ele que não podia me meter, dizer nada", revela. O genro confirma a imparcialidade: "Ela sabe dividir bem as coisas, entre gostar de mim e o namoro", diz Arlindo.
 
Segundo Faustino, com o tempo, porém, essas mulheres deixaram de ser vistas como mães zelosas e assumiram uma representação negativa. "Qual pai ou mãe que não quer o melhor para o filho? O nível de exigência é grande e ela pode ficar procurando um companheiro ideal, é quando os problemas começam a surgir", acredita Faustino. É por essa cobrança que as sogras são representadas como implicantes e fofoqueiras.
 
O psicoterapeuta - que não nega o estereótipo, mas também não compactua com ele - acredita que o mais importante é evitar o mal entendido. "As pessoas ficam pensando no que o outro está pensando, mas não vão tomar satisfação. Isso acaba gerando ideias distorcidas sobre o outro", explica. Além disso, ele destaca a importância de aprender a conviver com as diferenças e o respeito pelo espaço do outro. "É importante pensar que o mal estar, o conflito não parte só da sogra. Isso pode ser de responsabilidade da nora e do genro também", ressalta.
 
Apaixonada pelo genro, Simone Freire, administradora, comemora duplamente o noivado da filha, a jornalista Marília Banholzen, com o empresário Walter Hagem, que vai continuar morando com ela depois de casar. "Ele disse que queria morar aqui dentro, que eu participasse da educação do filho deles", diz orgulhosa.
 
Além de sogra, Simone também foi o cupido de Walter. "Ele trabalhava comigo e eu sempre brincava dizendo que eu queria que ele fosse meu genro", conta. Quando o assunto é mais sério, Simone também tenta não se meter, seguindo, sem saber, o que diz Faustino. "Escuto um lado, escuto o outro e mando refletir. Quando vou dizer alguma coisa, digo na frente dos dois, para ficar claro", explica.
 
 
Fonte: COTIDIANO/ NE 10

Um comentário:

  1. Não tenho nada contra as sogras porque a minha é primeirinha. Te amigo sogrinha!

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